No dia 15 de março, o Ministério da Saúde publicou uma nova portaria com recomendações para a vacinação contra a COVID-19 de gestantes, puérperas e lactantes. As informações foram baseadas em diversas publicações científicas ao redor do mundo, tratando de dados como os riscos para as mulheres e o feto, eficiência da imunização e tratamento das portadoras de comorbidades. A publicação traz algumas alterações com relação ao plano de imunização publicado em janeiro, com destaque para a possibilidade de imunização das mulheres nestas condições. De acordo com o órgão, a proposta está sendo estudada por conta do crescente número de gestantes que contraem a doença e vêm a óbito.
Com o objetivo de entender as novas normas publicadas, alguns pontos do documento foram destacados para o entendimento destas medidas. Abaixo, é possível encontrar algumas respostas para possíveis questionamentos.
Todas as grávidas podem tomar a vacina?
Sim. Mas, de acordo com o Ministério da Saúde, antes de tomar a decisão é preciso fazer uma análise de riscos. Como os estudos ainda estão em andamento, os médicos devem avaliar cada situação de forma individual. Comorbidades, profissão, decisão das mulheres e condições da gravidez devem ser levadas em conta. O órgão ressalta que, com relação às vacinas disponíveis no Brasil, não há contraindicação para gestantes, puérperas e lactantes até o momento, mas, como dito, é preciso analisar seus riscos e benefícios.
Qual o procedimento para as grávidas que possuem comorbidades?
Neste caso específico, o Ministério indica a vacinação das gestantes seguindo o cronograma do Plano Nacional de Imunização, de acordo com o período de pessoas com as mesmas características. Dentre as comorbidades, o documento destaca as seguintes: diabetes, hipertensão arterial crônica, obesidade (com IMC maior ou igual a 30), doença cardiovascular, asma brônquica, imunossuprimidas, transplantadas, doenças renais crônicas e doenças autoimunes.
A vacinação afeta o aleitamento materno?
Não. O documento afirma que lactantes e mulheres que vão doar leite materno não precisam interromper esses processos, uma vez que não existe comprovação científica com alguma contraindicação nesse sentido.
Se vacinadas, quais são os procedimentos indicados para essas mulheres?
Os mesmos indicados para todos os cidadãos vacinados. É preciso acompanhar possíveis reações adversas e manter os cuidados de sempre com relação à pandemia, como o uso de máscaras, o distanciamento social e higienização das mãos.
Apesar de serem incluídas na vacinação, o documento informa que gestantes, puérperas e lactantes devem, em conjunto com especialistas, avaliarem os riscos e/ou seguirem o calendário de vacinação dos grupos prioritários, disponível no Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19. A decisão final caberá à paciente, e elas devem ser informadas sobre as limitações do conhecimento, até então, da segurança da vacina para estes grupos. Atualizações sobre o tema devem ser publicadas assim que o corpo técnico receber novos dados.
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