O dia oito de março é conhecido como o dia internacional da mulher, mas você já se perguntou como surgiu essa data? Diante de muitos relatos e lutas, existem alguns fatos históricos que marcam este dia, e o próprio mês, como um importante marco em busca dos direitos das mulheres. Enquanto data comemorativa, ela remonta uma série de reivindicações que foram apresentadas por meio de greves, lutas e manifestações ao longo do século XX, o que fez com que a data fosse oficializada na década de 1970 pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A história aponta que um dos marcos para o estabelecimento do Dia das Mulheres foi um acidente ocorrido em 1911. No dia 25 de março, uma fábrica pegou fogo em Nova York, vitimando cerca de 146 pessoas, sendo que, destas, 125 eram mulheres. As instalações elétricas em péssimas condições, bem como os produtos contidos na fábrica e o trancamento dos funcionários no local, foram as principais condições para o desastre. Esse tipo de incidente revelou a precariedade do trabalho imposta às mulheres da época, inclusive as operárias.
Movimentos de busca por direitos das mulheres foram registrados principalmente em meados do século XIX, ganhando força no século seguinte após uma onda de protestos e criação de movimentos políticos que abraçaram a causa. O movimento operário fortaleceu a luta, destacando a precariedade do trabalho inclusive durante a Revolução Industrial. Vale lembrar que o acidente citado não foi o único motivo para essa reivindicação, mas sim o estopim de uma luta que já era travada há anos.
Na Rússia, em 1917, o movimento feminino também apontava a sua insatisfação com o cenário atual. Naquele país, o dia oito de março ficou marcado pela reivindicação das mulheres, inclusive as que integravam o setor de tecelagem. O movimento também foi um dos marcos para o início da Revolução Russa.
Dentre as suas demandas, as mulheres da época lutavam pelo direito ao voto (sufragistas), melhores condições de trabalho e fim do trabalho infantil. Essas foram algumas das principais reivindicações no mundo, mas muitas outras foram especificamente adotadas de acordo com as necessidades de cada país. Na Rússia, por exemplo, os movimentos lutavam contra o regime político do país, a fome e pelo retorno dos homens que lutavam na Primeira Guerra Mundial.
LUTAS CONTEMPORÂNEAS
Mesmo que o dia seja oficialmente reconhecido pela ONU desde 1975, este que também foi definido como o Ano Internacional das Mulheres, algumas causas ainda são constantemente trabalhadas na sociedade atual. Dentre essas questões, é possível destacar a participação das mulheres na política. Mesmo em Uberaba, o cenário aponta uma desigualdade com relação ao número de mulheres que integram o poder legislativo municipal. Dos 21 vereadores, apenas quatro são mulheres, mesmo em uma cidade onde mais da metade da população é do sexo feminino. Isso já mostra o quanto essa representação segue longe do ideal.
Para além da ocupação destes espaços, a luta pela igualdade segue sendo uma prioridade. A igualdade nos salários entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo, as oportunidades e o respeito em todos os espaços ainda são lutas diárias para todas. Os desafios são constantes, mas o poder da mulher neste cenário, bem como a sua voz, precisam ser amplificados.
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