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O terror das Fake News




O tema de hoje é extremamente importante nos dias atuais. As fake News.

A princípio, todos nós consideramos que sabemos o que são as fake News, mas tenho certeza que todo mundo já caiu em uma e acabou acreditando em uma notícia que não era real.


Por qual motivo compartilhamos mentiras? No caso, notícias falsas? Por que que acreditamos nisso?


A psicologia explica isso com duas características que todos nós, seres humanos, possuímos: primeiro, o realismo ingênuo, ou seja, a percepção de que apenas o meu ponto de vista sobre os diversos problemas que temos é a certa. Lembremos que política, gosto musical ou de filme não é igual matemática: Existem diversas formas de resolver os problemas em questão e diversas formas de lê-los.

O segundo, é o Viés de Confirmação, ou seja, nós somos motivados, sempre, a acreditarmos naquilo que reforça as nossas próprias crenças. Existem pessoas que possuem uma visão sobre um determinado tema e tudo que leem é para confirmar que isso ou aquilo é o correto. Isso nós vemos constantemente nas discussões políticas (principalmente nas redes sociais). Umas das recomendações para isso é que nós tenhamos conhecimento de notícias que vão contra nosso viés de confirmação.

É importante refletir como nos informamos:

Primeiramente, temos o que chamamos de fundamentos sociais. Ou seja, nossas visões e, consequentemente, as notícias, as quais teremos contato, estão muito ligadas com o nosso viés social: o grupo que participamos, a cidade em que vivemos.

Estas informações, que lemos, estão ligadas com a necessidade do ser humano em criar uma identidade e autoestima, bem como firmar nossa relação com grupos.

Depois, temos a mídia tradicional. Historicamente, a mídia tradicional era a principal forma de informação: jornais, emissoras de tv e rádio. É muito comum eles utilizarem nosso viés de confirmação nas notícias, reportagens e afins.

E, mais recentemente, tivemos as mídias sociais: Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp, etc.

Essas formas de informação são muito rápidas e a informação está chegando a todo o instante.

Como funcionam os algorítimos das redes sociais?


Além das mídias sociais explorarem nosso viés de confirmação e realismo ingênuo, elas criam outros dois efeitos que impactam na nossa desinformação. As contas maliciosas e o efeito Câmara de Eco.

As contas maliciosas são perfis feitos especificamente para dar a sensação que determinada notícia possua a apoio ou uma grande repercussão. Quem nunca viu aquele perfil, com a pessoa que sempre está em festa? E, por fim, a Câmara de Eco. As redes sociais possuem um algoritmo que visa mostrar sempre o que você mais curte. E nisso, entram as notícias. Ou seja, se você curtiu algo relacionado a um candidato A ou B, a mídia vai mostrar, antes, alguma notícia relacionada a isso. Assim, dificilmente você lerá notícias que falem contra a sua visão. Isso faz com que fiquemos em “bolhas”, não tenha uma visão de todos os pontos que, de fato, abordam determinados temas.

Quais bolhas vocês se encontram atualmente? Listem visões de mundo que você constantemente vê em seu feed de notícias. Liste grupos, os quais você mais se relaciona. O que está confirmando o seu viés de confirmação?


E como podemos identificar notícias falsas?

1- Considere a fonte

2- Leia mais

3- Verifique o autor

4- Fontes de apoio

5- Verifique a data

6- Isso é uma piada? É preconceito?

7 – Consulte especialistas e fontes confiáveis


Uma dica é que existem inúmeras ferramentas de checagem, vou deixar como sugestão algumas para vocês, como o “Lupa”, “Publica” e “Comprova”. Importante dizer que as redes sociais têm se preocupado cada vez mais com a disseminação de fake news. O Facebook anunciou recentemente que vai notificar as pessoas que reagirem às fake news sobre coronavírus.


Vou deixar uma dica de leitura pra vocês, o livro “Os Engenheiros do Caos” de Giuliano da Empoli.

Espero que tenha gostado desse vídeo!


Rochelle

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